segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Você não vale nada!

Você não vale nada!

Se você é cristão e se sentiu ofendido ou, ao menos, desconfortável com a frase acima, pode ser que esteja contaminado com o “evangelho” que tem sido pregado na maioria dos púlpitos nos dias atuais. Grande parte do tempo gasto nos sermões tem sido dedicado a massagear o ego dos ouvintes. Podemos identificar com facilidade as frases mais utilizadas que reforçam essa forma de pregar: “você nasceu pra ser um vencedor”; “você nasceu pra brilhar”; “você é uma bênção”; etc. Dá até pra confundir esse tipo de sermão com aquelas palestras motivacionais feitas para aumentar a autoestima das pessoas, como as que são ministradas para funcionários de uma empresa, por exemplo. E quando o verdadeiro evangelho deixa de ser pregado, as consequências são desastrosas.

Deus demonstrou o altíssimo valor que dá ao ser humano ao entregar seu próprio filho à morte para salvar toda a humanidade, apesar de não merecermos tamanho amor. E esse é o ponto de partida que toda a caminhada cristã deveria ter: reconhecer nossa própria condenação. Nós não valemos o preço que foi pago pelo nosso resgate. Aí está o grande passo da conversão! O arrependimento genuíno, de uma pessoa que se converte, expressa não apenas a vontade de não mais praticar os erros anteriormente cometidos, mas o reconhecimento de nossa incapacidade de salvação por nossos próprios méritos. Esta é a graça de Deus, que nos deu o que não merecíamos. Nós merecíamos a condenação à morte eterna! Se isto não estiver bem claro, não dá pra viver como um cristão autêntico.



A consequência mais visível dessa situação, de ter a preocupação de agradar mais aos homens que a Deus nos sermões, reflete-se na conduta do povo chamado “evangélico”. O número de cristãos nominais cresce, mas não gera as mudanças esperadas na sociedade brasileira. Pregar estritamente a Palavra requer coragem, porque consiste em não conformar o discurso ao que nós gostamos de ouvir, mas ao que precisamos ouvir. 

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