sábado, 7 de agosto de 2010

Onipotência, liberdade, sofrimento


Estou no meio de questionamentos sobre a liberdade de decisão humana diante da onipotência de um Deus Todo-poderoso, tendo o sofrimento observado no mundo como base de discussão.
Encontrei uma polarização de idéias de dois caras que costumo utilizar para formar minhas opiniões. Augustus Nicodemus, em seu contexto calvinista, tenta sempre reforçar a soberania de Deus, aquele que conhece todas as coisas, até o futuro. O que aparece como novidade é o conceito de que o Soberano limita o poder das suas ações para que possamos usufruir da nossa liberdade de decisão, rotulada de Teologia Relacional, cujo mentor chama-se Ricardo Gondim.
O medo do calvinista é que a visão pregada pelo Ricardinho venha a enfraquecer o conceito tradicionalmente aceito da onipotência de Deus. O Deus que não consegue deter uma catástrofe, nem muito menos prevê-la, aparenta fraqueza diante da versão do Deus Todo-poderoso, cujos desígnios são inescrutáveis.

A liberdade humana limita o poder de Deus?
O sofrimento observado no mundo prova as limitações do poder de Deus?
Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
Quer me ajudar a responder essas questões, então deixe seu comentário.

Um comentário:

  1. Na minha opinião a resposta é o inverso da pergunta: "O poder de Deus é provado na liberdade humana", ou seja, a liberdade que o homem tem de escolher como viver, o que fazer, de que forma agir e como pensar nos ensina que Deus apesar da sua soberania e sua total capacidade de interferência fez uma escolha, assim como nós fazemos, Ele escolheu não interferir. E quem é o homem que tendo todo o poder nas mãos, todas as riquezas, todas as previsões a respeito do futuro não interferiria? Ninguém tem essa capacidade. Só Deus.
    Assim como a morte de Cristo na cruz foi a escolha do próprio Deus, a morte da humanidade em seus vãs conceitos, suas atitudes cada vez mais egoístas, sua maldade, sua violência, apesar de estranho e meio incoerente, foi também permitido por Deus, ou melhor, foi a escolha do próprio Deus.
    O homem em sua liberdade não escolheu a Deus mas a si mesmo. A final, de que outra forma Deus poderia se manifestar? Somente no meio do caos. Se tudo fosse um mar de rosas como no céu pra que precisaria o homem da manifestação do amor de Deus? Creio que o poder da manifestação de Deus está em nós que cremos, porque nos foi proposto sermos a manifestação do amor pleno que vem dele em tudo e em todos para que o caos não seja completo e para que todo o que nele crer receba a salvação e a paz que excede a todo entendimento.

    Salmos 24:3-4 “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.”

    Mateus 5:8 “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.”

    A nossa esperança não está na solução dos problemas da humanidade mas na “glória do porvir”, na salvação.

    Ó, nem eu entendi bem o que escrevi....rsrsrsrs...te amo! Bjs

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