domingo, 1 de agosto de 2010

Oração e Maturidade

Uma analogia interessante pode ser feita entre o desenvolvimento natural do ser humano e a caminhada após o novo nascimento. Esse texto tem como objetivo promover uma auto-reflexão, como um exercício da ordenança que Paulo fez na sua primeira carta aos Coríntios: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo...” 1 Cor 11:28
Observando a maneira que interagimos com Deus através da oração, podemos nos confrontar com o nível de intimidade e profundidade em que esse relacionamento se encontra, da mesma forma que analisamos a evolução do relacionamento entre pai e filho.

Infância

Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo
                                                                                                                                       1 Pedro 2:2

A infância é a fase da dependência extrema. Assim como um recém-nascido depende de sua mãe para manter-se vivo, o novo convertido precisa ser bem alimentado para não morrer espiritualmente. Os fundamentos da fé bíblica correspondem ao leite materno. Além disso, é uma época de simplicidade, onde todas as experiências, por menor que sejam, parecem excitantes.
A criança é sincera e não esconde suas necessidades. No decorrer da vida, a interação humana nos mostra que não podemos ser 100% sinceros com todos os que nos rodeiam, correndo o risco de não nos adaptarmos à vida em sociedade. Falar o que pensa não é uma atitude vista com bons olhos. Neste aspecto, no relacionamento com Deus não precisamos restringir nossa forma de falar, pois Ele não reage como um ser humano. Podemos ser 100% sinceros com Deus. Ele não vai ficar chateado.
A dificuldade em aceitar o não é outra característica da infância. Mas sabemos que a restrição das atitudes de uma criança faz parte da aplicação de uma boa educação e até mesmo do cuidado que se tem com ela. Assim como não se pode dar tudo que uma criança quer, Deus não responde positivamente a todos os nossos pedidos, e graças a Ele por isso. Lidar com o não deve nos ensinar a entender a vontade de Deus.
Na infância, começamos a estabelecer um relacionamento baseado na confiança. Aprender a confiar nos pais é de vital importância para um bom desenvolvimento. No início de nossa caminhada espiritual, é fundamental aprender a confiar em Deus, e essa confiança não se consegue de uma hora para outra. É preciso tempo e convivência.

Adolescência

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino
                                                                                                                                 1 Cor 13:11

A adolescência é uma fase de transição. É o momento de experimentar, de tentar, de criar, de questionar, de assumir algumas responsabilidades. Num plano espiritual, nesse momento ocorre o confronto com as maiores dúvidas. O pouco que foi aprendido agora precisa ser colocado em prática. A cobrança tende a aumentar.
Fase de extremos, neste período as oscilações de humor são constantes. Aquecimento e esfriamento espiritual alternam-se. Caminha-se do amor ao ódio em segundos. A grande vantagem de viajar ente os extremos é nos ajudar, gradativamente, a encontrarmos o equilíbrio.
Os questionamentos são muito importantes por motivar-nos a buscar respostas. Nem todas as perguntas serão respondidas, isto é certo, mas o caminho da busca é tão valioso quanto à resposta em si.
A conversa com Deus passa a ser mais um diálogo do que somente pedir. A euforia infantil dá lugar ao turbilhão de emoções juvenis. Começamos a ter noção não só dos direitos que possuímos por sermos filhos de Deus, mas também dos deveres, e com isso a responsabilidade aumenta. É hora de arriscar, de encontrarmos nosso lugar no mundo.
As conquistas e os fracassos deste período são importantíssimos e valerão de experiência por toda a vida. Mais importante do que ganhar ou perder é extrair o máximo de aprendizado de cada situação.

Enfim, adultos!

Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus
                                                                                                                                   Hebreus 6:1

Chegada à fase adulta, é hora de agir. Temos que andar com nossas próprias pernas, buscar nosso sustento, multiplicar. Não há mais espaço para meninices e irresponsabilidades. As conseqüências das atitudes agora têm peso muito maior. Sonhamos com a independência aguardando a liberdade que ela proporciona, e esquecemos que no pacote nos entregam junto um zilhão de responsabilidades.
Recebemos a promessa através da Palavra de que nenhum obstáculo será maior do que a nossa capacidade de superá-lo. Muitas vezes nos esquecemos disso e tomamos duas atitudes distintas: desistimos ou tentamos resolver por nossas próprias forças. Até entendermos que Deus nunca pediu para que nos tornássemos independentes. Conhecendo nossas limitações, Deus nos garante a vitória por meio da fé. A dependência a Deus, que aos olhos do homem natural reflete fraqueza, na verdade é a chave de uma vida bem-sucedida. Debaixo da vontade de Deus, nós fazemos a nossa parte e Ele, a d’Ele. Por isso, parafraseando o apóstolo Paulo, somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

Fim do início

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo
                                                                                                                                  Efésios 4:13

O estado estático chamado maturidade não existe. É uma meta, um alvo. Importa não nos acomodarmos, nem estacionarmos em nenhuma fase da caminhada. Deus nos convida a sermos transformados pela renovação do nosso entendimento indefinidamente. O apóstolo Paulo novamente nos ensina que o nosso alvo deve ser Cristo, e não existe outro padrão mais elevado que este.
O fim não é o fim. A morte é o início. Comparada à eternidade, a vida terrena é um sopro.

3 comentários:

  1. Acho q deve ter uma maneira mais fácil de comentar aqui. Acho meio demorado...Depois lerei com calma tudinho q vc escreveu. Li o início e lembrei da célula. Mto bom!!!!!! Amei!!!! Qdo ler tudo comento de novo,ok?
    TE amo e vou dormir. Tô caindo de sono. Acordei mto cedo.
    Bjããããããoooooooooo
    Sua Bela

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  2. Parou de postar?????? Te amo.
    Bel

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